Prévia do UFC On FX 3

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Pôster do UFC On FX 3

O UFC retorna nesta sexta para o evento UFC On FX 3. O evento será realizado no BankAtlantic Center, em Sunrise no estado de Flórida nos Estados Unidos. Com quatro brasileiros em ação, terá como a luta principal o segundo duelo de Johnson e McCall em busca da final dos torneios dos moscas. Confira agora tudo que irá acontecer no UFC On FX 3.

Jake Hetch                     Sean Pierson

O primeiro duelo do card preliminar acontecerá entre o americano Jake Hecht e o canadense Sean Pierson em duelo pelos meio-médios. Hecht começou com carreira no CWFC onde só perdeu para o sempre difícil de ganhar Che Mills, então foi chamado ao UFC, em sua estreia nocauteou Rich Attonito com fortes cotoveladas e socos, em sua luta seguinte foi finalizado em menos de um minuto para TJ Waldburger. É um wrestler com muita ofensividade quando está por cima no chão. Tem 11-3 no cartel. Pierson é um dos grandes percussores do MMA no Canadá, já é experiente, além de ganhar vários títulos na luta greco-romana com mãos pesadas, estreou no UFC com vitória sobre Matt Riddle e logo foi colocado contra Jake Ellenberger onde levou um passeio e foi nocauteado com menos de três minutos de luta. Tem 11-6 no cartel e vem de duas derrotas seguidas em caso de mais um revés corre risco de demissão. Os dois lutadores tem qualidade para fazer um combate perigoso tanto em pé quanto no solo. Hecht tem base no boxe e pode levar mais perigo ao canadense com suas combinações fortes. Pierson deve tentar levar a luta pro solo para sair com a vitória. Aposta: Sean Pierson na decisão.

Henry Martinez                   Bernardo Magalhães

Pouco depois, o americano Henry Martinez e o brasileiro Bernardo "Trekko" Magalhães fazem duelo pelos leves. Martinez é membro da renomada equipe Jackson's MMA, bom wrestler e com bom jogo no solo. Estreou no UFC com uma derrota para Matthew Riddle em um duelo apertado. Depois da derrota desceu para a categoria dos leves. Tem 8-2 no cartel. Bernardo é carioca, mas fez sua carreira toda na Austrália no evento CFC onde só perdeu uma vez antes de entrar no UFC, em sua estreia na organização foi derrotado por Tim Means. Tem facilidade no jogo de solo, sabe atacar bem quando está por cima seja para buscar uma finalização ou castigar o adversário no ground and pound. Tem 11-2 no cartel. A luta provavelmente acontecerá boa parte no solo, irá ganhar aquele que conseguir impor seu ritmo no chão. Aposta: Bernardo Magalhães na decisão.

Buddy Roberts               Caio Magalhães

A terceira luta da noite contará com o americano Buddy Roberts e o brasileiro Caio Magalhães em duelo pelos médios. Roberts era jogador de futebol americano na universidade então passou para o MMA, virou faixa roxa de jiu-jitsu aliados ao treino de boxe é forte para a categoria. Tem 11-2 no cartel e estará estreando no UFC. Caio é considerado uma revelação dentro da organização, com apenas 24 anos, o lutador já foi levado ao UFC. Caio é faixa preta de jiu-jitsu e sabe trabalhar muito bem no solo tanto ofensivamente quanto defensivamente. É da equipe Nova União, a mesma do campeão dos penas, José Aldo. Está invicto com cinco vitórias em cinco lutas e também estará estreando na organização. Roberts leva vantagem na força contra o brasileiro, porém, o brasileiro tem facilidade para quedar e se manter no solo atacando e buscando uma finalização. Aposta: Caio Magalhães por finalização.

Tim Means                          Justin Salas

O octógono recebe pouco depois os leves americanos Tim Means e Justin Salas. Means ganhou destaque participando do KOTC onde ganhou o cinturão dos leves na competição, então foi chamado para o UFC em sua estreia contra Bernardo Magalhães controlou o brasileiro a luta toda e saiu com uma vitória. É alto pra categoria, tem 1.88m, punhos fortes e grande poder de nocaute, apenas cinco vitórias suas não foi por esse método. Tem 17-3-1 no cartel, está invicto há 10 lutas e não sabe o que é perder há dois anos. Salas é um forte wrestler e que sabe trabalhar bem quando está no solo, mas quando fica de costas no chão tem suas deficiências. Em sua estreia no UFC contra Anton Kuivanen venceu o finlandês por decisão unânime. Tem 10-3 no cartel, seis vitórias seguidas e assim como seu rival não perde há dois anos. A luta terá Tim Means usando sua maior envergadura e altura para manter a distância enquanto Salas buscará tentar levar a luta para o solo. Aposta: Tim Means na decisão.

Dustin Pague                   Jared Papazian

O quinto duelo da noite terá os galos americanos Dustin Pague e Jared Papazian no octógono. Pague foi revelado na ótima geração do TUF 14, no programma finalizou Louis Gaudinot na melhor luta do programa. Na final do programa, foi derrotado por John Albert com um nocaute em pouco mais de um minuto. É um bom striker, treina junto com Donald Cerrone, tem costume de sair com tudo para as lutas e acaba deixando brechas, é ótimo no solo e sabe aproveitar bem cada brecha deixada pelo rival. Tem 10-5 no cartel. Papazian é mais um que foi chamado ao UFC após participar do KOTC e ganhar o cinturão da categoria na competição. É faixa azul de jiu-jitsu e é treinado pela lenda do judô Gokor Chivichyan além dos veteranos do UFC, Mac Danzig e Alberto Crane. Antes de migrar para o MMA, Papazian era jogar de beisebol. É alto para a categoria tem mãos pesadas e costuma aguentar a pancada. Em sua estreia no UFC perdeu para Mike Easton em decisão majoritária em uma luta muito equilibrada. Tem 14 - 7,1NC no cartel. Os dois lutadores gostam de sair na pancadaria que deve levar o público ao delírio, porém, Pague deve tentar a luta de solo se partir para a trocação é bem capaz que saia nocauteado no octógono. Aposta: Dustin Pague por finalização.

Leonard Garcia                     Matt Grice

Os penas americanos Leonard Garcia e Matt Grice fazem mais um duelo do card preliminar. Garcia ganhou fama no WEC, antes ele já havia lutado no UFC, mas sem sucesso. Depois de duas vitórias seguidas chegou a tentar o cinturão da categoria, mas perdeu para Mike Brown no extinto evento. Ainda no WEC ele fez a luta do ano contra O Zumbi Coreano em que venceu em decisão dividida. Em sua reestreia no UFC, venceu Nam Phan em uma luta controversa e entrou na história novamente contra O Zumbi Coreano, mas não do jeito que queria, sofreu pela primeira vez na história um twister. Em sua última luta, na revanche contra Nam Phan perdeu. Faixa marrom no jiu-jitsu tem facilidade no jogo de solo e sabe aproveitar cada brecha do adversário, mas também tem qualidade em pé, gosta de uma pancadaria e tem bom gás durante as lutas. Tem 15-8-1 no cartel. Grice sofreu um grave acidente de carro quando ainda estava na universidade, mesmo ficando perto da morte, se recuperou e voltou a lutar. É um wrestler forte e tem um poderoso ground and pound com mãos pesadas, sabe quedar bem os adversários e trabalhar bem por cima utilizando seus socos poderosos. Estreou no UFC contra Ricardo Lamas onde foi nocauteado ainda no primeiro round. Tem 14-4 no cartel. A luta terá Leonard Garcia tentando trabalhar em pé, se levar a luta para o chão, Grice não perdoará e castigará sem piedade o rival. Aposta: Leonard Garcia por nocaute.

Seth Baczynski                           Lance Benoist

Pouco depois, o octógono recebe os meio-médios americanos Seth Baczynski e Lance Benoist. Baczynski participou do TUF 11 onde foi eliminado nas semifinais para Brad Tavares em um duelo controverso. Em sua volta ao UFC, não deu brechas a Clay Harvison e Matt Brown e finalizou ambos menos da metade do duelo. Tem ótimo jogo no solo, mas também sabe se virar bem em pé onde combina bem chutes, socos, cotoveladas. Tem 15-6 no cartel e vem de quatro vitórias seguidas. Benoist é considerado um das revelações do UFC, foi chamado ao UFC após ter tido todos os seus combates encerrados antes do primeiro round e sem nenhuma derrota. Em sua estreia do UFC fez uma bela luta contra Matt Riddle e venceu na decisão. Faixa roxa no jiu-jitsu e também tem base no muay thai. Embora saiba lutar bem em pé, prefere levar a luta para o chão e buscar uma finalização. Está invicto com seis vitórias em seis lutas. Baczynski embora tenha ótimo jogo no solo, não irá tentar correr o risco contra Benoist no chão, deve utilizar suas combinações para manter a distância e buscar um nocaute. Benoist irá tentar derrubar e buscar alguma submissão. Aposta: Seth Baczynski por nocaute.

Mike Pierce                         Carlos Eduardo

A última luta do card preliminar contará com o americano Mike Pierce e o brasileiro Carlos Eduardo "Tá Danado" Rocha em duelo pelos meio-médios. Pierce é um excelente wrestler, sabe quedar bem os adversários e sabe trabalhar bem no ground and pound castigando seus adversários com seus punhos pesados. Sempre que enfrentou algum top da categoria não se deu bem, Josh Koscheck, Johny Hendricks e Jon Fitch saíram com a vitória quando enfrentaram o americano. Porém, Pierce nunca foi nocauteado ou finalizado. Tem 13-5 no cartel. Carlos Eduardo, vinha com uma carreira perfeita com oito vitórias seguidas, estreou no UFC encaixando uma chave de joelho, mas em sua luta seguinte fez um combate duro contra Jake Ellenberger e perdeu, para piorar sofreu uma grave lesão no cotovelo esquerdo que o deixou parado há mais de um ano. É faixa preta de jiu-jitsu, sabe buscar finalizações nos locais que o outro adversário nem imagina estar em perigo. Tem 9-1 no cartel. O ganhador desse combate vai ser aquele que impor seu ritmo, Pierce tem maior vantagem em pé. Carlos tentará quedar e buscar alguma finalização, mas qualquer erro tanto no solo quando em pé, poderá facilitar para Piercer colocar suas mãos pesadas no brasileiro. Como Carlos Eduardo está há mais de um ano sem lutar tem desvantagem na parte física e no gás durante a luta. Aposta: Mike Pierce por nocaute.

Eddie Wineland               Scott Jorgensen

O card principal inicia com os pesos galos americanos Eddie Wineland e Scott Jorgensen. Wineland foi o primeiro campeão peso galo da história do WEC, perdeu o título logo na primeira defesa, mas consolidou-se com quatro vitórias em cinco lutas depois. Chegou com moral no UFC e acabou pagando caro. Encarou os fortes companheiros de equipe Urijah Faber e Joseph Benavidez, perdendo as duas na decisão. Apesar dos resultados negativos, está longe de Wineland fazer papelão no UFC. Mostrou-se duro, absorveu golpes violentos e aplicou outros com força também. Defendeu quedas de dois ótimos wrestler. É muito forte para a categoria, metade de suas vitórias foram por nocaute. Tem 18-8-1 no cartel. Jorgensen é apontado como um dos mais talentosos pesos galos do mundo, teve passagem brilhante no WEC. Foram sete vitórias em nove lutas e terminou disputando o cinturão da categoria com Dominick Cruz, foi dominado pelo campeão, mas chegou ao UFC com prestígio. Na organização, bateu Ken Stone, Jeff Curran até se encontrar com Renan Barão, o americano não conseguiu colocar seu wrestling e seu ritmo não foram encaixados contra o brasileiro que dominou a luta e saiu com a vitória. É um wrestler perigoso e faixa roxa de jiu-jitsu. Tem 13-5 no cartel. Wineland terá vantagem para conduzir a luta na trocação franca, mas Jorgensen é mais rápido e deve entrar com suas combinações para conseguir uma queda e ganhar vantagem na luta. Aposta: Scott Jorgensen por finalização.

Mike Pyle                    Josh Neer

O octógono recebe pouco depois os meio-médios americanos Mike Pyle e Josh Neer. Pyle foi nocauteado por no Jake Ellenberger há mais de dois anos e então cresceu. Interrompeu o crescimento de John Hathaway e levou Ricardo Cachorrão à aposentadoria. Mas a sequência foi interrompiada após ser dominado no ground and pound de Rory MacDonald e calou Rio de Janeiro ao nocautear rapidamente o brasileiro Ricardo Funch. Tem base no taekwondo, mas Pyle se apaixonou mesmo pelo jiu-jitsu, depois de ver o sucesso de Royce Gracie nos primórdios do UFC, aprendeu o esporte praticamente sozinho, sem treinamento formal. Pode-se dizer que teve êxito, mais da metade de suas vitórias vieram por finalização. É veterano, já foi campeão dos meio-médios no WEC. Tem um sólido jogo de quedas e muita pressão no chão. Tem 22-8-1 no cartel. Neer é um atleta irregular, já foi demitido do UFC três vezes. Em sua quarta participação no maior evento do mundo, ele bateu Wisniewski depois de fortes cotoveladas no clinch e depois de começar pior, virou para cima de Duane Ludwig encaixando uma guilhotina. É um grappler de bom nível, é perigoso no chão em qualquer situação. Consegue imprimir um ritmo forte e também tem um queixo resistente. Tem 33-10-1 e vem de seis vitórias seguidas. Pyle é mais forte que seu rival e se ficar por cima no solo dificilmente dará chances a Neer, mas seu adversário não é nenhum bobo, e se der mole no chão, Neer irá aproveitar seja para finalizar ou encaixar seus fortes socos. Aposta: Josh Neer por nocaute.

       Erick Silva                Charlie Brenneman

O co-main event da noite terá o brasileiro Erick Silva e o americano Charlie Brenneman em duelo pelos meio-médios. Erick é o maior candidato a ídolo da nova geração de lutadores do UFC, o brasileiro chegou ao UFC surpreendendo a todos, na organização as suas duas lutas juntas não duraram 70 segundos para acabar com os brasileiros Luis Beição e Carlo Prater. Mas para azar dele, uma péssima decisão de Mario Yamasaki, acabou transformando a vitória contra Prater em uma derrota por desclassificação. É forte para a categoria, tem 1,81m, quase 1,90m de envergadura e luta com mais de 85 kg. Desde 2009, suas lutas não vão para a decisão. Faixa preta de jiu-jitsu e judô aliado ainda a treinos de muay thai na academia XGym, onde é parceiro de nada mais nada menos que Anderson Silva. É dono de muita explosão e agressividade. Tem 13-2,1NC no cartel. Brenneman ganhou prestígio na academia após aceitar lutar contra o embalado Rick Story, literalmente no dia da pesagem, e para melhorar ainda, deu aula de controle e de quedas para sair com a vitória. Com moral, o pequeno lutador foi colocado para enfrentar contra o gigante Anthony Johnson. Resultado: nocaute violento com um belo chute alto de Johnson. Na última luta, nova aula de quedas contra Daniel Roberts. Era professor de espanhol, antes de virar lutador. All-americano na luta olímpica livro nos tempos de faculdade, importou para o MMA o double-leg. É parceiro de Jim Miller e é eficiente no controle dos rivais no chão trabalhando com perigo o ground and pound. Tem 15-3 no cartel. Erick lutará pela primeira vez fora do Brasil, ou seja, já será um teste mental para o brasileiro. Terá que ter sua defesa de quedas em dia, já que Brenneman deverá usar esse método para tentar sair com a vitória, se sair na mão contra o brasileiro, com certeza sofrerá um castigo muito grande. No solo, Erick tem força física e técnica para sair de uma posição incômoda e partir para o ataque no chão. Resumindo: Brenneman terá sérias dificuldades no combate. Aposta: Erick Silva por nocaute.

Demetrious Johnson            Ian McCall               

A luta principal da noite terá a decisão de quem vai para a final do torneio dos pesos moscas e seguir na busca do cinturão. Os candidatos são os americanos Demetrious Johnson e Ian McCall. Os dois faram a segunda luta e devem repetir o show que deram na primeira luta em março. Graças a uma horrível barbeiragem da comissão atlética australiana que coordenou o UFC On FX 2, os papéis foram contabilizadas de modo errado e o empate que levaria o combate para um quarto round decisivo virou uma vitória de Johnson. O UFC percebeu a bagunça só depois do evento e teve que adiar a definição do adversário de Joseph Benavidez na disputa do primeiro cinturão dos moscas para esta sexta-feira. Johnson era um lutador que não chamava muita atenção, mas vencia seus combates na base das quedas e controle no chão. Depois de um bom retrospecto no WEC e UFC foi alçado ao posto de desafiante ao cinturão de Dominick Cruz, quando ainda lutava pelos galos. E foi nesse duelo que mostrou seu valor, mostrou boa variação de jogo, utilizou bem a trocação e tornou o oponente que mais deu trabalho ao campeão. Tem apenas 1,60m e se encontrou na categoria mais leve do UFC. Tem 14-2-1 no cartel. McCall fez sua estreia no maior evento do mundo, no empate contra o mesmo Johnson. Mas antes disso precisou superar uma luta contra as drogas que o levou ser preso. Trocou a pena por tratamento e mostrou nos cages sua recuperação. O memorável ano de 2011 foi coroado com a vitória sobre o então número um do mundo da categoria, o potiguar Jussier Formiga e o cinturão do Tachi Palace Fights. McCall treina muay thai e jiu-jitsu, vem mostrando evolução ténica, junto ainda com os aprendizados que teve pelas dificuldades da vida para se tornar um lutador difícil de ser batido. Luta em um ritmo alucinado e não tem medo de sair na porrada com ninguém. Não perde desde 2009, quando foi derrotado ainda em sua fase negra para o atual campeão do peso galo no UFC. Tem 11-2-1 no cartel. No primeiro duelo, Johnson se aproveitou do nervosismo de estreia de McCall e venceu os dois primeiros rounds. Quando McCall finalmente entrou na luta, passou o carro no terceiro round, sem dar a mínima chance e garantindo o empate. Com certeza o público pode esperar um novo grande e equilibrado combate e deve ser a melhor luta da noite. Aposta: Ian McCall na decisão.


Escrito por Fábio Sampaio, exclusivo para o Brazuka Sports, por favor respeite os créditos!!!

0 comentários:

Postar um comentário